29 de abril de 2010

Reflexão: O real que se inventa

Aprendemos com Erich Fromm que as pessoas que ousam discutir as formas ou as regras, contestar o consenso da minoria que detém o poder, estão predispostas ao ostracismo e à loucura. É necessário que o consenso da maioria manipulado pela minoria que detém o poder seja mantido para que o poder possa ser perpetuado. Nesse sentido o que está de acordo com a maioria é subjetivamente experimentado como real, verdadeiro, racional, moral. O consenso é, portanto, capaz de transformar o imoral em moral, o irracional em racional, o belo em feio. Para Fromm, a ansiedade é o motivo principal que obrigaria as pessoas a obedecerem e a se adaptarem.

Referência MUSSI, F. C. Confortamos? Lidamos com o humano sem conhecer o que de humano temos dentro de nós. Rev. esc. enferm. USP 33 (2): 113-122, 1999.

24 de abril de 2010

A Escolha da Futura Área de Atuação Profissional pelo Graduando de Medicina


Por Daniel Macedo Severo de Lucena
Aluno do Internato do Curso de Graduação em Medicina, CCM/UFPB, Campus I

Escolher uma carreira, um curso superior, é uma tarefa muitas vezes difícil, pois se trata de uma decisão que certamente ditará o destino de toda uma vida. Na área de Medicina, tal escolha não se restringe ao programa do vestibular, repetindo-se novamente no final da graduação: deve-se optar pela futura área de atuação profissional. Apesar de terem surgido do modo gradual, as especialidades e sub-especialidades são uma realidade na profissão médica (FEBRASCO, 2004). Atualmente, após se formar, é comum a opção por uma especialização, sendo a mais comum o ingresso em uma residência médica, que dura dois ou mais anos a depender do ramo de trabalho escolhido.
Esse processo traduz a procura de compatibilidade pessoal em face dos desafios, domínios e campos de empregabilidade das diferentes opções de profissão. Porém, para entrar em um programa de residência, o médico deve ser classificado em concurso de âmbito nacional, o que se torna cada vez mais difícil devido ao número crescente de formandos. Nesse contexto, muitos não conseguem ser aprovados, optando por formas menos concorridas de pós-graduação, que muitas vezes não apresentam o mesmo nível de qualidade exigido (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003). A residência funciona em instituições de saúde, sob supervisão de profissionais altamente qualificados, sendo dita o “padrão-ouro” da especialização médica. Ao final de tal programa, quando esse foi cumprido integralmente dentro do ramo de trabalho eleito, confere ao médico o título de especialista (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1977). Por isso, há um grande desejo entre os estudantes por essa forma de capacitação. Diversos fatores influenciam a escolha da especialidade pelo graduando em Medicina. Preferência inicial, sexo, traços peculiares da personalidade são fatores bem atrelados à escolha. Porém, expectativas ou anseios relacionados às condições de estilo de vida na prática médica podem levar à desistência e mudança de opção para outras áreas associadas a um "estilo de vida governável", como Anestesiologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Radiologia, entre outras (WANDERLEY; SOBRAL, 2010). Por isso, para eleição individual da futura especialidade profissional, é preciso uma análise crítica pelo graduando, que recorre muitas vezes a familiares e a profissionais como psicólogos, de modo que possam ser levados em conta os mais importantes fatores para uma escolha acertada (TRINDADE; VIEIRA, 2009). 

Referências 
FEBRASCO. Medicina/Residência Médica. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 26 (1): 755-755, 2004 
WANDERLEY, M. S.; SOBRAL, D. T. Escolha da especialização em ginecologia e obstetrícia. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 32 (1): 55-56, 2010.
TRINDADE, L. M. D. F.; VIEIRA, M. J. Curso de Medicina: motivações e expectativas de estudantes iniciantes. Rev. bras. educ. med. 33 (4): 542-554, 2009.
World Health Organization. Fact sheet N°134: Traditional medicine. Disponível em: . RevisadoemMaio/2003. Acesso em 23/04/2010. 

Foto da postagem: Arquivo pessoal de Daniel Macedo Severo de Lucena.

Minha visão inicial do Internato Médico

Por Mara Rufino de Andrade
Aluna do Internato do Curso de Graduação em Medicina, CCM/UFPB, Campus I
Partindo da premissa de William Osler, de que a Medicina se aprende à beira do leito, foram se norteando as minhas expectativas sobre o Internato. Considerei que seria um momento de muita aprendizagem e totalmente dedicado à parte prática. Imaginei que iria ter a oportunidade de colocar conhecimentos teóricos em prática e que seria também uma forma de se obter mais segurança e auto-confiança. Seria mesmo o final "aperfeiçoador" de uma longa caminhada na graduação. É senso comum que o Internato deveria ser o período mais importante do curso, constituindo uma fase de transição entre a vida inteiramente acadêmica e a vida profissional. Uma das minhas inquietações era o fato de, um belo dia, ir “dormir” estudante e “acordar” médica; e de repente, de um dia para o outro, ter simplesmente que ser responsável pela vida de outras pessoas. Uma forma de amenizar essa mudança súbita seria o Internato, período no qual nós, internos, deveríamos ser melhor preparados para entrar na vida profissional. Esse foi o meu objetivo ao iniciar essa fase; a expectativa era aprender e aproveitar todas as oportunidades para isso. Nesse momento, já se passaram dois rodízios, e muitas dessas expectativas não se concretizaram. Infelizmente, o nosso Internato nem sempre é valorizado e na forma como se encontra, os internos muitas vezes são deixados de lado e ficam sem professores orientadores. Muitas vezes, fazemos apenas a rotina do serviço, sem grandes discussões clínicas, e às vezes temos que somente cumprir horários. Uma das nossas deficiências é a falta de um serviço que atenda pacientes em estados de urgência e emergência. Tenho observado discrepâncias também. Se de um lado nos deparamos com profissionais docentes que trabalham no hospital-escola e não são tão receptivos aos alunos, por outro, encontramos médicos que não são professores, mas que são bastante comprometidos com a orientação discente. Felizmente, por outro lado, também temos professores bastante engajados, que mesmo diante de alguns problemas, são realmente interessados e constroem um ambiente propício para que essa fase ocorra da melhor maneira possível.
Temos bons ambulatórios, o nosso Hospital Universitário tem muitos serviços que funcionam adequadamente; e é possível perceber que, se o aluno tiver um genuíno interesse em participar e aprender, conseguirá assimilar muitas coisas importantes para a sua formação médica. Por isso, apesar dos problemas, o Internato está sendo, sem dúvida, uma fase enriquecedora, não somente do ponto de vista de aprendizado clínico, mas também na dimensão de crescimento pessoal, pelo desenvolvimento da habilidade de lidar tanto com os pacientes, como com os colegas e professores.
Considero que mais do que ficar na posição de crítica dos defeitos dos serviços ou dos professores, devemos tentar aproveitar o melhor que cada um dos rodízios tem a nos oferecer. Naturalmente, é importante também denunciar os problemas e carências existentes e cobrar soluções, mas igualmente, há que se observar que existe grande potencial de aprendizado no nosso Internato Médico.

Classificação de modelos de pesquisa

O modelo de uma pesquisa científica, também chamado de delineamento ou desenho da pesquisa, é como se fosse o esqueleto do estudo, a sua infraestrutura da validade interna. Existem conceitos classificatórios na literatura relativos aos desenhos ou modelos de estudo científico mais comumente utilizados em pesquisas na área clínica.

Trata-se do arcabouço ou guia utilizado para o planejamento, implementaçãoe análise do estudo. É um plano para responder à pergunta da pesquisa. Tipos diferentes de perguntas ou hipóteses demandam tipos diferentes de desenho de pesquisa. Portanto, é importante ter uma preparação e entendimento abrangente dos diferentes tipos de desenho de pesquisa disponíveis.

Sete alunos do módulo MCO2 (Pesquisa Aplicada à Medicina) no período corrente (2010.1) foram solicitados a classificar os modelos de pesquisas publicadas em 42 artigos científicos. Ao analisar os resultados, verificou-se que a classificação foi correta em 76,2% dos casos (Tabela 1, acima).

Os estudos classificados como corretos em maior frequência dos casos foram os casos-controle (n=4; 100%) e experimentais (n=3; 100%), seguidos pelos transversais e de coorte (Figura 1, acima). O único estudo qualitativo da amostra foi classificado erroneamente como revisão narrativa.

21 de abril de 2010

Elaboração de Resumos para Congressos

A apresentação de temas livres durante os congressos médicos representa importante fonte de informações sobre o desenvolvimento de pesquisas. Pode-se afirmar que grande parte dos trabalhos são produzidos para apresentação e raramente são publicados (YOSHIDA, 2005). Há regras básicas para redação do resumo de trabalho científico a ser submetido a um congresso. Há também aspectos que prejudicam a qualidade dos resumos. Por outro lado, os organizadores de eventos médicos dessa natureza geralmente não estabelecem normas mais claras e específicas para que os participantes corrijam suas principais deficiências na redação dos textos dos resumos, de maneira a melhorar sua qualidade. Santos e Pereira (2007) afirmam que as orientações das comissões científicas dos congressos

estão restritas, usualmente, aos temas abrangidos pelo evento, à forma de envio do material, à obrigação do apresentador do trabalho estar inscrito no evento, ao formato como os trabalhos devem ser apresentados – o tamanho da fonte, o espaço entre as linhas, o número de palavras e a necessidade do texto especificar o objetivo, materiais e métodos, resultados e conclusão – e a data limite para submissão dos trabalhos.
Enfim, geralmente não são fornecidas informações detalhadas sobre a estrutura do texto como, por exemplo, a necessidade de se especificar o delineamento do estudo, a forma de seleção da amostra, as limitações ou as implicações dos resultados para pesquisas futuras sobre o tema. Mas parece que esta deficiência não é característica apenas nossa. Paravic-Klijn e Burgos-Moreno (2009) também demonstraram semelhante carência nos resumos publicados nos trabalhos médicos no Chile. Deveriam ser fornecidas orientações mais específicas sobre a elaboração do resumo e a qualidade dos resumos deveria ser critério para seleção dos melhores para apresentação oral (SANTOS; PEREIRA, 2007).

Para o pesquisador o resumo é um instrumento de trabalho. Mas não apenas para o pesquisador é necessário aprender a escrever resumos de trabalhos. Mais cedo ou mais tarde o graduando de Medicina e o médico residente precisarão elaborar um resumo.
A Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, define resumo como "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". Uma apresentação sucinta, compacta, dos pontos mais importantes de um texto. A norma da ABNT recomenda que o resumo tenha até 100 palavras se for de comunicações breves. Um bom resumo permite aos leitores identificar rápida e precisamente o conteúdo de um artigo, determinar sua pertinência para seus interesses e, assim, decidir se têm que ler o trabalho em sua totalidade. O resumo deve a) indicar os objetivos principais e o alcance da investigação, b) descrever os métodos empregados, c) resumir os resultados e d) enunciar as conclusões principais.
Quanto ao estilo, a simplicidade, aliada à correção gramatical e ao domínio do tema específico contribuem para a redação de um resumo adequado. A busca a simplicidade é fundamental. Este é o chamado Princípio da Parcimonia que, quando empregado criteriosamente, contribui muito para a qualidade da pesquisa. Proposto no século XIV por Guilherme de Occam (1285-1347), é um dos fundamentos da epistemologia científica, e tem como enunciado: "... não multiplique as coisas desnecessariamente, afirmando entia non multiplicanda praeter necessitatem" (Apud CABRAL FILHO, 2004).
Portanto, quanto menor, melhor será o resumo, desde que o sentido permaneça claro e não se sacrifique a exatidão.
Muitas vezes, um avaliador de resumos em congressos científicos julga pelo mérito, pela conveniência, se determinado resumo é adequado para aquele fórum ou não. Porém, ele pode também recusar a inscrição de um resumo mal escrito, embora o trabalho fosse adequado para aquele congresso e de boa qualidade metodológica e científica. Então é preciso aprender a fazer um bom resumo. De acordo com Fernandes (2002), um resumo não deve servir de introdução ou de apresentação do conteúdo, na ordem em que ele aparece no texto principal. O resumo deve ser auto-explicativo, não deve fazer referência a qualquer trecho do corpo do trabalho a ser apresentado nem deve conter citação bibliográfica. Palavras desnecessárias como "os autores" ou "este artigo" devem ser deixadas de lado. Requerem-se frases curtas, bem redigidas e completas. O verbo deve estar na voz ativa.
Contudo, apesar de haver várias regras úteis, só se aprende a ser um bom resumidor com a prática. Mas recomendo a leitura do livro "Resumos e Indexação" de F. W. Lancaster (2004), com referência completa abaixo.
Referências
CABRAL FILHO, J. E. A interrelação dos princípios metodológicos e dos princípios éticos na investigação e na publicação científica. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 4 (3): 225-228, 2004. 
FERNANDES, C. T. Como escrever um artigo científico. 2002. Disponível em: do http://comp.ita.cta.br/writingcenter/dicas.htm) Acesso em 21 abr 2010. 
LANCASTER, F. W. Indexação de resumos: Teoria e Prática. Brasília: Briquet de Lemos Inf. e Com., 2004. 
SANTOS, E. F.; PEREIRA, M. G. Qualidade dos resumos estruturados apresentados em congresso médico. Rev. Assoc. Med. Bras. 53 (4): 355-359, 2007. ABNT. NBR 6028 – Resumos. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 2002. 
PARAVIC-KLIJN, T.; BURGOS-MORENO, M. EVALUACIÓN DE CALIDAD DE RESÚMENES DE TESIS DE UN PROGRAMA DE MAGÍSTER EN ENFERMERÍA. Cienc. enferm. 15 (3): 55-68, 2009 YOSHIDA, W. B. A nossa produção científica invisível. J Vasc Bras, 4 (92): 113, 2005.
Foto acima: Apresentação de trabalho do GESME no Congresso Brasileiro de Educação Médica (COBEM) em 2009, por Camila de Oliveira Ramalho.

13 de abril de 2010

Novos monitores de Semiologia Médica: Período 2010/2011

Os novos monitores de Semiologia Médica:
Charles Saraiva Gadelha
Matheus Gurgel Saraiva
Pablo Alves Moreira
Stephanie Galiza Dantas
Rosa-Maria Silva Soares
Gabriela Lemos Negri
João Vitor Nóbrega e Melo Pereira

Nova monitoria de MCO2

Monitoria de MCO2 no período de 15 de abril de 2010 a 15 de abril de 2011
Priscilla Duarte Ferreira
Lorena Luryann Cartaxo da Silva

8 de abril de 2010

Extensionistas 2010 do Projeto Continuum

Extensionistas do Projeto Continuum em 2010
Gabriel Braz Garcia (P9 - nono período de Medicina)
Francisco José Sousa de Ataíde (P7)
Jailson de Sousa Oliveira (P7)
Joyce Freire G. de Melo (P7)
Rafael Lucas C. de Carvalho (P7)
Rodolfo A. Bacelar de Athayde (P9)
As atividades do projeto reiniciam-se dia 16 de abril de 2010.

6 de abril de 2010

Seleção 2010 para Monitores de Semiologia Médica

SELEÇÃO 2010 PARA MONITORIA DE SEMIOLOGIA MÉDICA MÓDULO MIV21 / DMI / CCM / UFPB
1- Cronograma de provas: As duas etapas de seleção para os candidatos inscritos na monitoria de Semiologia Médica serão realizadas nos dias 13 e 14 de abril de 2010 conforme o cronograma a seguir: a) Prova escrita de Semiologia Médica (prova de múltipla escolha com 20 quesitos) - Dia 13/04/2010 - 7h00-9h00 – Sala de aula de Semiologia, 50 andar do HULW. b) Entrevista e análise de currículo - Dia 14/04/2010, entre 9h30 e 11h00 – Sala de aula de Semiologia, 50 andar do HULW. 2- Pontuação e classificação: A pontuação será feita nas seguintes proporções, de acordo com a Resolução 02/1996 (Programa de Monitoria para os Cursos de Graduação da UFPB): - A classificação dos candidatos, até o limite do número de vagas do Módulo, será realizada de acordo com a ordem decrescente da média ponderada (M) entre a nota obtida na prova escrita (N1), a nota obtida na disciplina (N2) e o Coeficiente de Rendimento Escolar (C), com pesos 3, 2 e 1 respectivamente, calculada conforme a seguinte expressão: M = 3N1 + 2N2 + C / 6 - O candidato que não obtiver nota N1 igual ou superior a 7,0 (sete) na prova escrita será eliminado. - Em caso de empate, classifica-se o candidato que obtiver a maior nota na avaliação do currículo e disponibilidade de tempo para o plano de trabalho da monitoria; persistindo empate, a classificação será pela maior nota na disciplina. 3- Programa para a prova escrita: Anamnese e ectoscopia. Sintomas/sinais e exame físico dos aparelhos respiratório, cardiovascular, digestório e urinário. Síndromes clínicas relacionadas aos aparelhos respiratório, cardiovascular, digestório e urinário. Respostas (reações) do paciente. Bases do raciocínio clínico (ou “introdução ao diagnóstico clínico” e “racionalizando o diagnóstico no exame físico”). 4- Vagas: Há sete vagas para bolsistas. Por determinação da PRG, não serão aceitas indicações de monitores voluntários. 5- Entrevista: Na entrevista será feita avaliação do curriculum vitae documentado e verificação da disponibilidade de tempo para as atividades de monitoria do módulo; a pontuação do currículo será feita de acordo com os seguintes critérios: Monitoria em Semiologia Médica (oficial ou voluntária).............3,0 pontos/ano, máximo de 6,0 Monitoria em outras disciplinas (oficial ou voluntária).............0,5 ponto/ano, máximo de 2,5 Iniciação Científica (PIBIC OU PIVIC)..........................................1,0 ponto/ano, máximo de 3,0 Programa de Educação Tutorial (PET).........................................1,0 ponto/ano, máximo de 3,0 Extensão (bolsista ou voluntário).................................................1,0 ponto/ano, máximo de 3,0 Apresentação de trabalho em congresso........................................0,2 ponto/cada, máximo de 2,0 Curso de curta duração (≥40 horas)...............................................0,2 ponto/cada, máximo de 2,0 Estágios supervisionados fora da UFPB (CH 30 horas/sem)/ano..0,2 ponto/cada, máximo de 4,0 Resumos em congressos de iniciação à docência (ENID)...............0,5 ponto/cada, máximo de 4,0 Resumos em congressos locais.......................................................0,5 ponto/cada, máximo de 2,0 Resumos em congressos nacionais................................................0,5 ponto/cada, máximo de 2,5 Resumos em congressos internacionais........................................1,5 ponto/cada, máximo de 3,0 Trabalhos completos em periódicos de circulação Nacional.........1,0 ponto/cada, sem limite Trabalhos completos em periódicos de circulação Internacional..2,0 ponto/cada, sem limite Premiação local...............................................................................0,5 ponto/cada, máximo de 2,0 Premiação nacional ou internacional............................................1,0 ponto/cada, máximo de 2,0
6- Comissão de seleção: Participarão do processo de seleção dois professores do MIV21. 7- Bibliografia: 7.1- BICKLEY, L. S, HOEKELMAN R. A. Bates: Propedêutica médica. 8a. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2005. 7.2- LÓPEZ, M.; LAURENTYS-MEDEIROS, J. Semiologia Médica: As bases do diagnóstico clínico. 5a. ed. Rio de Janeiro: Atheneu Ed., 2004. 7.3- SOUSA-MUÑOZ, R. L. (Org.). Iniciação ao Exame Clínico: Guia para o estudante de Medicina. João Pessoa: Ed. Universitária, 2010. 7.4- SWARTZ, M. H. Tratado de Semiologia Médica. 5ª Ed., Elsevier, 2004 Estes informes também estão disponíveis no Departamento de Medicina interna.
João Pessoa, 06 de abril de 2010 Profa. Rilva Sousa Muñoz
Prof. José Luiz Maroja

Seleção 2010 para Monitores de MCO2


INFORMAÇÕES SOBRE A SELEÇÃO 2010 PARA MONITORIA DE PESQUISA APLICADA À MEDICINA (MÓDULO MCO2)

1- Cronograma de provas: As provas de seleção para os candidatos inscritos para a monitoria de MCO2 serão realizadas nos dias 13 e 14 de abril de 2010 conforme o seguinte cronograma:
a) Prova escrita de conhecimentos em Bioestatística (prova de múltipla escolha) - Dia 13/04/2009 - 7h00-9h00 - Sala de Semiologia (Sala 1), 50 andar do HULW;
b) Entrevista e análise de currículo - Dia 14/04/2010, a partir das 9h30 – Sala de aula de Semiologia, 50 andar do HULW.

2- Pontuação e classificação: A pontuação será feita nas seguintes proporções, de acordo com a Resolução Nº 02/1996 (Programa de Monitoria para os Cursos de Graduação da UFPB):
- A classificação dos candidatos, até o limite do número de vagas do Módulo, será realizada de acordo com a ordem decrescente da média ponderada (M) entre a nota obtida na(s) prova(s) de seleção (N1), a nota obtida na disciplina (N2) e o Coeficiente de Rendimento Escolar (C), com pesos 3, 2 e 1 respectivamente, calculada conforme a seguinte expressão: M = 3N1 + 2N2 + C / 6 - Eliminar-se-á o candidato que não obtiver nota N1 igual ou superior a 7,0 (sete) na prova escrita; portanto, serão convocados para a entrevista apenas os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 7,0 (sete) nesta prova
- Em caso de empate, classifica-se o candidato que obtiver a maior nota na avaliação do currículo e disponibilidade de tempo para o plano de trabalho da monitoria; persistindo empate, a classificação será pela maior nota na disciplina.

3- Programa para a prova escrita:
Modelos de pesquisa clínica. Problema de pesquisa e hipóteses. Amostragem. Análise descritiva dos dados. Curva normal e curva normal reduzida. Teste de Hipóteses. Sensibilidade, especificidade e curva ROC. Odds ratio e risco relativo. Análise crítica de trabalhos científicos.

4- Vagas: Há duas vagas para bolsistas. Por determinação da PRG, não serão aceitas indicações de monitores voluntários.

5- Bibliografia:5.1- COSTA, S. F. Introdução Ilustrada à Estatística. São Paulo: Harbra, 1998.
5.2- CALEGARI-JACQUES, S. M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2003
5.3- CAMPANA, A. O. Investigação científica na área médica. São Paulo: Manole, 2001.
5.4- DÓRIA-FILHO, U. Introdução à Bioestatística para simples mortais. São Paulo: Elsevier, 1999.
5.5- DRUMMOND, J. P.; SILVA, E. Medicina Baseada em Evidências. São Paulo: Atheneu, 2002.
5.6- FRIEDLANDER, M. R.; ARBUES-MOREIRA, M. T. Análise de um trabalho científico: um exercício. Rev. bras. enferm. 60 (5): 573-578, 2007 .
5.7- JEKEL, J. F.; ELMORE, J. G.; KATZ, D. L. Epidemiologia, Bioestatística e Medicina Preventiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
5.8- PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

Estes informes também estão disponíveis no Departamento de Medicina interna.

João Pessoa, 06 de abril de 2010

Profa. Rilva Sousa Muñoz
Coordenadora de MCO2

4 de abril de 2010

Seminários de MCO2 em 2010.1: Artigos selecionados



Recomendou-se uma busca para seleção individual de um artigo original de pesquisa em Medicina, de abordagem quantitativa, aos 54 alunos de MCO2 em 2010.1; 47 deles (87%) cumpriram a tarefa.

Entre os 47 artigos escolhidos pela turma, foram selecionados quatro (um de cada modelo de pesquisa: transversal, caso-controle, coorte e experimental) para apresentação e discussão nos seminários do módulo. O quinto artigo, uma meta-análise, foi escolhida pela coordenadora do módulo, uma vez que não foi trazido nenhum estudo deste tipo.



Entre os modelos dos 47 estudos escolhidos pelos alunos, os de delineamento transversal e de coorte foram os mais frequentes (Tabela abaixo). Quatro artigos não eram originais, e sim revisões narrativas (8,5%).
GRUPOS DE APRESENTAÇÃO E ARTIGOS SELECIONADOS PARA OS SEMINÁRIOS
SEMINÁRIO 1: 31/05/10- Grupo 1 (Vanessa Emanuelle, Nathana, Priscilla, Marina Jales, Aline, Victor Hugo, Helen, Luana, Teógenes, Pedro Moura e Rachel). Artigo - OLIVEIRA, A. M. A. et al. Sobrepeso e obesidade infantil: influência de fatores biológicos e ambientais em Feira de Santana, BA. Arq Bras Endocrinol Metab, 47 (2): 144-150, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n2/a06v47n2.pdf
SEMINÁRIO 2: 07/06/10 - Grupo 2 (Maria José, Olga, Rayan, Isabela, Lucas Emanuel, Thiago Carolino, Liana, Wagner, Diego, Gabriela e Gustavo). Artigo - CAVALCANTI, Z. R. et al. Características da tuberculose em idosos no Recife (PE): contribuição para o programa de controle. J. bras. pneumol., 32 (6): 535-543, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v32n6/a11v32n6.pdf
SEMINÁRIO 3: 14/06/10 - Grupo 3 (Dandara, Antônio, Camila, Arthur, Lucas Neves, Carlos, Taynah, Lunna, Amanda, Patrícia e Larissa). Artigo - MIGOWSKI, A.; SILVA, G. A. Sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com câncer de próstata clinicamente localizado. Rev. Saúde Pública, 44 (2): 344-352, 2010. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v44n2/16.pdf
SEMINÁRIO 4: 21/06/10 - Grupo 4 (José Antônio, Thiago dos Santos, Josué, Pedro Romão, Daniel, Ítalo, George, Blenstein e João Luiz). Artigo - HATEM, T. P.; LIRA, P I. C.; MATTOS, S. S. Efeito terapêutico da música em crianças em pós-operatório de cirurgia cardíaca. J. Pediatr. (Rio J.) 82 (3): 186-192, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v82n3/v82n3a06.pdf
SEMINÁRIO 5: 28/06/10 - Grupo 5 (Jucélio, Lívia, Débora, Marina Domingues, Raíza, Germana, Vanessa Rodrigues, Aíla, Márcia, Rebeca, Ana Carolina). Artigo - COSTA, R. J. M.; KRAUSS-SILVA, L. Revisão sistemática e meta-análise da antibioticoprofilaxia na histerectomia abdominal. Cad. Saúde Pública, 20 (suppl.2): S175-S189, 2004 . Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v20s2/13.pdf

1 de abril de 2010

Permanência Prolongada em Hospital Universitário

Título: Fatores Relacionados com Permanência Hospitalar Prolongada em Clínica Médica 

Autores: Rilva Lopes de Sousa-Muñoz; Marcelo Wagner Ramos Bezerra; Zailton Bezerra de Lima Júnior; Cristiane Bezerra da Cruz; Micheline Pordeus Ribeiro. 

Instituição: Departamento de Medicina Interna / Centro de Ciências Médicas / Universidade Federal da Paraíba (UFPB) 

Trabalho apresentado no XX Congresso Médico da Paraíba (resumo expandido) 
Referência para citação: Sousa-Muñoz RL, Bezerra MWR, Lima Júnior ZB, Cruz CB, Ribeiro MB. Fatores relacionados com permanência hospitalar prolongada em clínica médica. Anais do XX Congresso Médico da Paraíba 1999. Disponível em: http://migre.me/gabUD

Introdução
A permanência hospitalar prolongada (PHP) é um indicador indireto da qualidade do cuidado prestado aos pacientes nos serviços terciários. A PHP incrementa os custos e reduz a oportunidade de outros pacientes para receber atenção hospitalar, uma vez que os recursos disponíveis para esse nível de atendimento são limitados. Não existem trabalhos prévios sobre a PHP (em 1999) no Brasil e daí a decisão de realizar esse projeto, a fim de determinar a magnitude do problema, particularmente na nossa instituição, assim como os fatores a ele associados. Mesmo admitindo que estudos de amostras institucionais não possibilitem a obtenção de dados fidedignos, trazendo em seu bojo um modelo mais antigo de pesquisa epidemiológica, este trabalho pode tornar-se um instrumento para análises futuras para estabelecer parâmetros a esse tipo de atendimento no nosso serviço. 
Os objetivos deste trabalho foram: (1) determinar a prevalência e os fatores relacionados com PHP na Clínica Médica do HULW; e (2) caracterizar a relação diagnóstico-tempo de internação hospitalar em atenção terciária. 

Pacientes e Métodos 
Local do estudo. 
O presente trabalho foi realizado nas enfermarias de Clínica Médica no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em João Pessoa - PB. 
Modelo do estudo. 
A pesquisa seguiu um delineamento observacional, retrospectivo e analítico, com comparação entre uma sub-amostra de pacientes incluídos sob a categoria de PHP e um grupo-controle, constituído por doentes que não apresentaram PHP internados durante o mesmo ano nas enfermarias de Clínica Médica. 
Amostra. 
Foram estudados retrospectivamente 712 pacientes internados na Clínica Médica do HULW durante o ano de 1998, excluindo-se eventuais reinternações. 
Procedimentos. Definiu-se PHP como o número de dias de hospitalização acima da média mais 30%, de acordo com Aguirre-Gas et al. (1997), já que não existem estudos prévios que mencionem qual deve ser o valor ideal para permanência hospitalar em pacientes que recebem atenção terciária. Os dados foram obtidos a partir da revisão dos prontuários dos pacientes incluídos na amostra, obtidos no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) do HULW.
Instrumento de coleta de dados. 
Foi utilizado um formulário padronizado preenchido pelos autores, avaliando-se os dois grupos em relação à distribuição de variáveis sócio-demográficas, origem do paciente (capital / interior), bem como às variáveis de diagnóstico (agrupadas de acordo com o diagnóstico definitivo principal, natureza da doença, comorbidade, sintomas que motivaram as internações), antecedente de internação anterior e permanência hospitalar. Foram excluídos aqueles pacientes cujo prontuários tinham informação confusa. 
Análise estatística. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se o programa SPSS (BRYMAN; CRAMER, 1990). Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial. Foi avaliada a diferença entre grupos determinados pelas variáveis categóricas através do teste de qui-quadrado, enquanto que as variáveis quantitativas foram analisadas através do teste t de Student a um nível de significância de 5% (LEVIN, 1990). 
Considerações éticas. 
O projeto do estudo foi enviado à Comissão de Ética em Pesquisa do HULW e foi assinado termo de compromisso pelos autores garantindo-se o anonimato dos pacientes. 

Resultados 
Observou-se que 26,8% dos pacientes internados na clínica médica em 1998 tiveram PHP, considerando-se o ponto de corte de 28 dias de internação.
A média de permanência hospitalar total foi de 21,1 +/- 16,4 e a média de PHP foi de 42,8 +/- 15,2. Os fatores associados à PHP relacionaram-se com a natureza da doença (crônica não-transmissível; neoplásica; infecto-parasitária), o diagnóstico definitivo principal (categorizado por grupo de doenças, com base na classificação topográfica, de acordo com CARVALHO, [1977]), e a taxa de mortalidade. Esses dados foram ilustrados na Tabela 1.

Tabela 1- Variáveis estudadas em relação a permanência hospitalar prolongada nas enfermarias de clínica médica do HULW/UFPB no ano de 1998

A natureza da doença relacionou-se com PHP de modo estatisticamente significativo (P = 0,004). As doenças neoplásicas levaram à maior média de permanência (28,2 +/- 19,9), considerando a amostra total de doentes com e sem PHP, quando comparadas às doenças crônicas não-transmissíveis de natureza não-neoplásica (20,6 +/- 15,7) e às doençãs infecto-parasitárias (21,5 +/- 17,6).
Os grupos de diagnósticos mais relacionados com PHP foram doenças pulmonares e oncológicas (Figura 1), sendo que 84% dos pacientes tinham comorbidade. No entanto, a presença de comorbidade não diferiu entre o grupo com PHP e o grupo sem PHP.

Figura 1- Distribuição dos grupos de doenças (em percentuais) em relação às categorias permanência hospitalar prolongada e não-prolongada nas enfermarias de clínica médica do HULW/UFPB em 1998 (n=712)

Fatores ligados ao paciente como variáveis sócio-demográficas e origem do paciente, bem como antecedente de internação anterior, não se relacionaram com PHP. A distribuição etária dos pacientes que apresentaram PHP foi bimodal, com duas concentrações preferenciais nas faixas etárias de 45-54 anos e acima dos 65 anos. A média de idade dos pacientes foi de 50,5 +/- 18,7. Comparando-se a idade média do grupo que apresentou PHP (50,5 +/- 18,7) com o grupo de pacientes abaixo do ponto de corte (ou seja, não considerados com PHP: 50,6 +/-19,87), não se observa diferença estatística significativa (teste t de Student, p=NS). Sexo, estado civil, etnia, renda mensal, nível de escolaridade e origem do paciente não se relacionaram com PHP. As variáveis internação anterior e comorbidade (doença associada) não diferiram no grupo de PHP e no grupo-controle. 

Discussão e Conclusões 
Não existem estudos prévios sobre qual deve ser o número de dias de permanência hospitalar suficiente ou ideal para uma unidade de cuidados terciários, mas sabe-se que os fatores que influenciam a PHP podem ser diferentes em cada hospital (MEYER et al., 1996).
Estudos realizados em outros países mostram que os fatores relacionados à PHP podem associar-se com o paciente, a doença, o processo da atenção, a organização do hospital, o tipo de hospital e com interesses acadêmicos (AGUIRRE-GAS et al., 1997; SELKER et al., 1989). A porcentagem de pacientes que alcançou PHP na enfermaria de Clínica Médica do HULW de acordo com o ponto de corte adotado foi 26,8%, apenas um pouco superior ao referido por Aguirre-Gas et al. (1997), que observaram uma taxa de 23,9% de PHP em um hospital de nível terciário no México. No entanto, a média de PHP relatada por esses autores foi de 18,3 dias. Os fatores associados com PHP naquela casuística foram a origem do paciente e o diagnóstico. Em consonância com os resultados do presente trabalho, os referidos autores também não encontraram diferenças com relação ao sexo, escolaridade e ao estado civil. A associação de maior porcentagem de casos de PHP com doenças neoplásicas pode ter sido devido tanto à gravidade e ao prognóstico da doença, bem como ao fato de o HULW receber pacientes portadores de neoplasias em fase avançada, muitas vezes já com diagnóstico estabelecido para tratamento de intercorrências (SZWARCWALD; CASTILHO, 1992).
Além disso, é necessária a realização de vários exames quando o diagnóstico ainda não foi firmado, o que prolonga a permanência. Se os exames e a entrega dos resultados atrasam, então a permanência se prolonga ainda mais. Em relação às doenças pulmonares, a PHP foi associada à doença pulmonar obstrutiva crônica agudizada, seguidas por tuberculose pulmonar, derrames pleurais de várias etiologias e bronquiectasia. Pelos dados obtidos, a probabilidade de que o paciente tenha PHP na clínica médica do HULW é mais alta se o paciente apresenta determinados diagnósticos, o que deve estar relacionado com a gravidade da doença. No entanto, é preciso observar que interesses acadêmicos e dificuldades operacionais também devem influenciar a PHP. Os resultados obtidos nesse estudo reforçam a importância da realização de programas para controle de PHP com o propósito de diminuir o número de dias de internação no serviço.

Referências 
AGUIRRE-GAS, H.; GARCÍA-MELGAR, M.; GARIBALDI-ZAPATERO, J. Los factores asociados con la estancia hospitalaria prolongada en una unidade de tercer nivel. Gaceta Médica do México, v. 133, n. 2, p. , 1997. 
BRYMAN, A.; CRAMER, D. Análise bivariada: identificar associações entre variáveis. In: Análise de dados em ciências sociais. Introdução às técnicas usando o SPSS. Oeiras: Celta Ed. 1990 
CARVALHO, L. F. Classificação de doenças. In: Carvalho, L. F. Serviço de arquivo médico e estatística de um hospital. São Paulo: L.T.R. Ed., 1977. 
LEVIN, J. Testes não-paramétricos de significância. In: Levin, J. Estatística aplicada às ciências humanas. Rio de Janeiro: EPU, 1990. MEYER, M. A. et al. Mortalidade por Doença de Chagas: evolução e distribuição no espaço urbano de Salvador - Bahia. IESUS, v. 4, s.n, p. 21-28, 1996. 
SELKER, H. P. et al. The epidemiology of delays in a teaching hospital. Med. Care, v. 27, s.n, p. 112, 1989. 
SZWARCWALD, C. D.; CASTILHO, E. A. Os caminhos da estatística e suas incursões pela epidemiologia. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (1): 5-19, 1992.