18 de dezembro de 2013

Revista Medicina & Pesquisa: Submissões Online em Breve

Revista Medicina & Pesquisa
RM&P
http://www.ccm.ufpb.br/rmp 
A RM&P é uma publicação semestral do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba, com objetivo de publicar e disseminar a produção científica no âmbito do conhecimento médico e da saúde, abrangendo as ciências básicas, a clínica e a investigação. Nesta revista serão publicados os melhores trabalhos de conclusão dos cursos de graduação na referida área do conhecimento da UFPB e de outras universidades, assim como de trabalhos de iniciação científica, após avaliação pelo Conselho Editorial da Revista. Será considerado para publicação todo manuscrito fruto de pesquisa científica de alunos, com o respectivo professor orientador e outros alunos e professores colaboradores do trabalho.
Página da Revista Medicina & Pesquisa no Portal de Periódicos Científicos da Universidade Federal da Paraíba: http://www.ccm.ufpb.br/rmp/

A Revista Medicina & Pesquisa (RM&P) é um periódico científico voltado para publicações de trabalhos de conclusão de curso e de iniciação científica, e portanto, que tem o objetivo de publicar trabalhos científicos realizados por estudantes de graduação, tanto de Medicina como de outros cursos da grande área da Saúde. A RM&P será lançada pelo Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba no primeiro semestre de 2014. A chamada para submissões online está prevista para o período entre 31 de dezembro de 2013 e 31 de janeiro de 2014. 

6 de dezembro de 2013

Síndrome de SAPHO


Por Germana Ribeiro de Lucena
Estudante de Graduação em Medicina da UFPB

Resumo
A síndrome de SAPHO cursa com sinovite, acne, pustulose, hiperostose e osteíte. Seus primeiros casos foram descritos na década de 60, por pesquisadores franceses. Sua prevalência é de 1:10.000, maior no sexo feminino e em crianças, jovens até adultos de meia-idade. Sua patogênese permanece desconhecida, entretanto há indícios da presença de fatores genéticos e infecciosos em seu desenvolvimento e manutenção. Os sinais e sintomas da síndrome são inespecíficos, portanto seu diagnóstico é de exclusão. O diagnóstico diferencial por ser feito com doenças infecciosas, neoplasias e artrite idiopática juvenil.

Palavras-chave: Sinovite. Hiperostose. Osteíte
           
Os primeiros casos da síndrome de SAPHO foram descritos durante a década de 60, devido a relatos de pacientes que apresentavam as seguintes manifestações clínicas: pústula palmoplantar, psoríase pustulosa, hidroadenite supurativa, acne severa, sinovite periférica, osteíte asséptica localizada na parede anterior do tórax e outros locais do esqueleto. (BENHAMOU et al., 2006). Então, um grupo de pesquisadores franceses decidiu realizar estudos sobre tais relatos, que culminaram com a agrupação destas manifestações sob a sigla SAPHO, cujo significado inicial era Síndrome de Acne Pustulosa, Hiperostose e Osteíte. Posteriormente, houve a troca da palavra síndrome por sinovite (NAGUWA et al., 2012).
A síndrome de SAPHO é considerada rara, possivelmente devido a seu subdiagnóstico. Estima-se que sua prevalência seja de 1:10.000 e maior no sexo feminino. Este problema pode acometer pacientes de todas as faixas etárias, entretanto é mais frequente em crianças, jovens e adultos de meia-idade (NAGUWA et al., 2012).
Atualmente, ela é definida através da associação variável entre um amplo espectro de manifestações osteoarticulares e cutâneas - pústula palmo-plantar e acne grave (SIMON; ASSMANN, 2011)
Deve ser suspeitada em pacientes que preencham no mínimo um dos seguintes critérios diagnósticos:
(1)Manifestações osteoarticulares com acne conglobata, fulminante ou hidroadenite supurativa;
(2)Manifestações palmoplantares com pustulose palmoplantar; 
(3)Hiperostose axial ou apendicular com ou sem dermatose; 
(4)Osteomielite multifocal crônica e recorrente envolvendo esqueleto axial ou apendicular com ou sem dermatose.      
Embora as dermatoses pustulosas tenham sido descritas inicialmente como elemento unificador da síndrome, sua presença não é considerada atualmente indispensável para a definição do quadro.
Embora a patogênese da doença permaneça desconhecida, há evidências da presença de um componente genético contribuindo para seu desenvolvimento, o que se baseia no fato de haver um agrupamento familiar de pacientes com a patologia. Além desse fator, há indícios de que a susceptibilidade à doença seja atribuída à presença do alelo SNP Mdm2 T309G, responsável por induzir elevados níveis de Mdm2 e, desse modo, uma resposta menos eficiente do gene P53, com possível aumento da atividade do NFkB. (ASSMANN et al., 2010).
Os estudos mais recentes sobre o tema apontam uma provável associação entre fenômenos auto-imunes e infecções. E propõem que agentes infecciosos, sobretudo P. acnes, possam desencadear uma resposta inflamatória mediada por receptores toll-like, com produção de anticorpos com reação cruzada (ASSMANN; SIMON, 2011)
O envolvimento articular é insidioso, cursa com dores de forte intensidade, edema de tecidos moles, rubor e calor nos locais afetados, limitação do movimento e rigidez matinal. As regiões mais afetadas, em adultos, são: parede anterior do tórax (65-90%), coluna (30%), sobretudo a lombar e cervical; em crianças: os ossos longos, sobretudo tíbia e fêmur. Sinovite em articulações periféricas, distantes do sítio de envolvimento ósseo primário, é comum em adultos, embora seja rara em crianças. (NAGUWA et al., 2012).
Manifestações cutâneas podem ocorrer ou não, quando presentes podem ser: simultâneas (em menos de 30% dos pacientes), anteriores ou posteriores, as ósseas. Tais lesões são dermatoses neutrofílicas, dentre as quais a mais comum é a pustulose palmo-plantar (50-75%); a acne conglobata ou fulminante acomete apenas 25% dos pacientes, com maior prevalência no sexo masculino. Manifestações sistêmicas são incomuns, entretanto, pode haver febre e elevação de proteína C reativa (NAGUWA et al., 2012).
Os sinais e sintomas da síndrome de SAPHO não são específicos, portanto seu diagnóstico é de exclusão, os critérios utilizados para isso foram elaborados por Benhamou et al. (1988) A presença de no mínimo um dos quatro critérios de inclusão é suficiente para diagnosticar a síndrome. Os critérios são os seguintes:
×   Critérios de inclusão: manifestações osteo-articulares  e acne conglobata, fulminante ou hidradenite supurativa; manifestações osteoarticulares      e pustulose palmo-plantar; hiperostose com ou sem dermatose; osteomielite multifocal recorrente crônica envolvendo esqueleto axial ou periférico com ou sem dermatose;
×  Critérios de exclusão: osteomielite séptica; artrite infecciosa da parede anterior do tórax; infecção com pustulose palmo-plantar; ceratodermia palmo-plantar; hiperostose esquelética idiopática difusa, exceto para associação fortuita; manifestações osteo-articulares com terapia com retinoide.
- Possíveis associações com psoríase vulgar, enterocolopatia, espondilite anquilosante e infecções bacterianas;
O diagnóstico diferencial pode ser feito com osteomielite infecciosa, osteossarcoma, sarcoma de Ewing, metástase óssea, granuloma eosinofílico, doença de Paget, espondilodiscite infecciosa, osteoartrite esterno-clavicular, osteíte condensante da clavícula, osteonecrose da epífise medial clavicular e artrite idiopática juvenil.
Guerra et al. (2005) questionam se a Síndrome de Sapho é uma entidade rara ou subdiagnosticada. Esta afecção deve ser considerada como diagnóstico diferencial em todo paciente que apresente quadro doloroso de parede torácica ou dor torácica musculoesquelética acompanhada de manifestações dermatológicas e/ou osteíte.

Referências
ASSMANN, G.; SIMON, P. The SAPHO syndrome--are microbes involved? Best Pract Res Clin Rheumatol. 25 (3): 423-34, 2011.
ASSMANN, A. D. WAGNER, M.; MONIKA, M. et al. Single-nucleotide polymorphisms p53 G72C and Mdm2 T309G in patients with psoriasis, psoriatic arthritis and SAPHO syndrome. Rheumatology International, 30 (10): 1273–1276, 2010.
BENHAMOU, C. L.; CHAMOT, A. M.; KAHN, M. F. Synovitis-acne-pustulosis hyperostosis-osteomyelitis syndrome (SAPHO). A new syndrome among the spondyloarthropathies? Clin Exp Rheumatol 6:109-12, 1988.
CHAMOT, C. L.; BENHAMOU, M.F.; KAHN, L. et al. Acne-pustulosis-hyperostosis-osteitis syndrome. Results of a national survey. 85 cases. Rev Rhum Mal Osteoartic, 54 (1987), pp. 187–196
GUERRA, J. G.; LIMA, F. A. C.; MACEDO, L. M. G. et al. Síndrome SAPHO: entidade rara ou subdiagnosticada? Radiol Bras 38 (4): 265-271, 2005.
NGUYEN, M. T.; BORCHERS, A.; SELMI, C. et al. The SAPHO syndrome. Semin Arthritis Rheum. 42 (3): 254-65, 2012

Imagem:  Guerra et al. (2005).

4 de dezembro de 2013

Navalha de Hitchens na Ciência

Por André Augusto Lemos Vidal de Negreiros
Estudante de Graduação em Medicina da UFPB

Resumo
A elaboração de trabalhos científicos é um exercício cotidiano de construção de argumentos. Na prática da ciência, um pesquisador em grupo de cientistas pode, em um dado momento, questionar um argumento no qual o demais pesquisadores acreditam como verdadeiras. Entretanto, ao fazê-lo, terá o ônus de provar que aquele argumento não é confiável. Esta é a  chamada Navalha de Hitchens.

Palavras-Chave: Ciência. Epistemologia. Conhecimento.

Um paradigma científico, segundo Thomas Kuhn (1989), seria um aglomerado de argumentos compartilhados por um grupo definido, que permite a esse grupo delimitar quais seriam os problemas que deveriam ser objeto de estudo, assim como quais seriam os métodos de investigação aceitos por este grupo particular. A iniciação dos métodos de pesquisa seria realizada através da utilização do conjunto de procedimentos aceitos por essa comunidade científica (MATTOS, 2011).
Posteriormente às publicações das teses de Kuhn, muitos cientistas vêm discutindo a cerca da ciência e suas práticas. Knorr-Cetina (1999) evidencia que os cientistas não elaboram seus estudos somente em atenção ao paradigma científico da sua comunidade científica, porém também o fazem em consideração às alternativas de circulação e renovação do conhecimento para fora dos muros da comunidade científica. Dentro deste cenário de reflexão, propõe-se desmitificar a ideia que a ciência é um meio de descobrir a verdade, de evidenciar o que realmente acontece (MATTOS, 2011).
Nesse prisma, a construção de um trabalho científico pode ser interpretada como a elaboração de argumentos formados com o propósito convencer um determinado grupo de pessoas ou certa comunidade científica a qual o pesquisador pertence. Quando se desejar convencer alguém ou algum grupo através de argumentos, necessita-se, como premissa, a utilização de pressupostos que não são controversos, ou melhor, que seja, que estejam em comum com o público ao qual se dirige (MATTOS, 2011).
Santos (2000) ressalta o caráter fiduciário da comunidade científica, ou seja, ele enfatiza que o grupo de pesquisadores sempre toma como premissa o conjunto de conhecimentos já evidenciados como se fossem verdadeiros, logo, são desobrigados da avaliação por essa comunidade. Obviamente um pesquisador em grupo de cientistas pode, em um dado momento, questionar um argumento no qual o demais pesquisadores acreditam como verdadeiras. Entretanto, ao fazê-lo, terá o ônus de provar, antes de tudo, que aquele argumento não é confiável. Estabelece-se, desta forma, uma assimetria, pois, usualmente, admite-se que o pesquisador não necessita desperdiçar tempo e espaço em seus trabalhos científicos repetindo e fundamentando ideias nas quais sua comunidade acredita, no entanto, deve ater-se minuciosamente na argumentação de fatos que contrariam os pensamentos pressupostos pelo grupo de cientistas (MATTOS, 2011).
Entendendo a importância da construção de argumentos para prática da ciência, o provérbio em latim “Quod gratis asseritur, gratis negatur” foi largamente utilizado pelo mundo desde o início do século IXX, porém ganhou notoriedade no século XXI por Christopher Hitchens, que utilizou este provérbio na língua inglesa, “What can be asserted without evidence can be dismissed without evidence” e, adaptando para o português, significa  “O que é afirmado sem argumentos pode ser descartado sem argumentos”. A Navalha de Hitchens, como ficou conhecida mundialmente, alicerça-se nos preceitos da epistemologia, com a utilização do ônus da prova (HITCHENS, 2007).
Tomando como exemplo um debate sobre determinado tema, parte-se da premissa de que quem faz a afirmação da existência de algo é quem tem o ônus da prova, ou seja, quem defende a posição de existência de algo é quem cabe o encargo de oferecer argumentos necessários para sustentá-la. No momento em que um cientista, filósofo ou qualquer outro debatedor afirma uma proposição, porém sem provas ou argumentações factíveis, essa afirmativa não terá valor argumentativo e deve ser desconsiderada, pois não tem um raciocínio lógico, tratando-se, portanto, de uma falácia.
O processo do convencimento estabelece-se por duas formas básicas. A primeira, o pesquisador precisar se autoconvencer dos fatos que o levaram a pesquisar sobre determinado tema; a segunda, o pesquisador necessita convencer os demais pares de sua comunidade científica ( MATTOS, 2011).
Santos ( 1989) pode descrever com mais detalhes como se estabelece este processo de convencimento: 
[...]  mas o cientista, se for competente, isto é, se conhecer bem a comunidade científica a que      se dirige, sabe que a tradição intelectual instaurou uma duplicidade, e que, por isso,  os     expedientes que usa para se autoconvencer não coincidem e não tem de coincidir exatamente     com aqueles que podem convencer a comunidade científica. Advertido dessa duplicidade, adota as medidas necessárias durante o processo de investigação para a neutralizar, ou seja,     para que os resultados a que chega sejam tão convincentes à luz dos expedientes privados [...]      como à  luz dos expedientes públicos [...]. Um cientista que tem particular confiança nos  métodos qualitativos pode estar plenamente convencido dos resultados a que chegou por via  da observação participante, mas mesmo assim, sabendo que se dirige a uma comunidade científica quantofrênica [...] pode acautelar-se com a realização de um inquérito por   questionário [...] 
Portanto, a definição dos métodos científicos pelo pesquisador surge da sua relação contínua com comunidade científica a qual participa. De um lado, o investigador personifica essa comunidade e seleciona os instrumentos de pesquisa que servirão como argumentos para seu autoconvencimento. De outro, o pesquisador prevê as críticas que receberia por parte dos pares de sua comunidade que não concordam de alguma forma com os argumentos que construíram o autoconvencimento. É a partir daí que se estabelecem as escolhas metodológicas (MATTOS, 2011).
            Santos (1989) enfatiza que: 
para se convencer a si próprio dos seus resultados e dos vários trâmites para os atingir, o cientista sabe que tem que pôr constantemente o carro à frente dos bois, mas sabe também que,  para convencer a face pública da comunidade científica, tem de, constantemente, passar o  carro para trás dos bois.
Todo cientista deve entender esta duplicidade, ou seja, deve dominar as regras que permeiam o processo de elaboração argumentativa em uma comunidade científica a qual está engajado, e deve ter ciência que estará sujeito a transgressões por parte da comunidade.  Por isso, a produção do conhecimento científico está estreitamente relacionada ao exercício diário da crítica. O treinamento da autocrítica, da previsão da crítica da comunidade científica a qual faz parte, porém também deve estar preparado em receber a crítica dos pares e de criticá-los (MATTOS, 2011).
O processo de publicação de artigos científicos estima a elaboração do exame crítico pela comunidade científica. Por exemplo, um artigo, quando submetido a um periódico, irá passar  por uma avaliação crítica pelos pares,  e só será enviando para publicação se o pesquisar convencer os avaliadores de sua veracidade. Então, uma vez publicado, será alvo de críticas por todos os pesquisadores que fazem a leitura daquele periódico (MATTOS, 2011). 
A filosofia iluminista foi uma das principais fontes de inspiração do pensamento de Hitchens, este intelectual polêmico e brilhante, morto em dezembro de 2011.

Referências
MATTOS, R.A. Ciência, Metodologia e Trabalho Científico (ou Tentando escapar dos
horrores metodológicos).  In MATTOS, R. A.; B APTISTA, T. W. F.  (Orgs.)  Caminhos
para análise das políticas de saúde, 2011.  p. 20-51.  Disponível em: www.ims.uerj.br,/ccaps.
HITCHENS, C. Deus Não é Grande: como a religião envenena tudo. Doze Books, Nova York, 2007.
KNORR-CERINA, K.  Epistemic Cultures. Cambridge, MA:  Harvard University Press, 1999.
KUHN,  T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989.
SANTOS, B.S.  Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
SANTOS, B.S. Para um novo senso comum. A ciência, o direito e a política na transição paradigmática. A crítica da razão indolente. Contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2000. 

2 de dezembro de 2013

Repórter Semioblog no XXX Congresso Brasileiro de Reumatologia

Por Germana Ribeiro de Lucena
Estudante de Graduação em Medicina da UFPB

No dia 20 de novembro de 2013, iniciou-se o XXX Congresso Brasileiro de Reumatologia, que reuniu os maiores especialistas brasileiros da área.  O evento que ocorreu no Centro de Convenções de Recife – PE teve duração de quatro dias e foi presidido pela Professora Dra. Ângela Luzia Branco Pinto Duarte. Teve como objetivo promover atualizações, debater temas polêmicos da reumatologia e divulgar pesquisas dessa área realizadas em universidades brasileiras.
No dia 20 de novembro ocorreu o curso pré-congresso que contou com a participação de palestrantes internacionais e brasileiros que abordaram os seguintes temas: uso racional dos autoanticorpos no diagnóstico das doenças autoimunes, guideline para tratamento de gota, relação entre artrite psoriásica e síndrome metabólica, considerações sobre a patogenia e terapêutica em artrite reumatoide, tratamento de osteoporose, diagnóstico e tratamento de espondilite anquilosante e os novos critérios diagnósticos para lúpus eritematoso sistêmico.
Dos dias 21 a 23 de novembro houve o seguimento do congresso, com exposição de banners. A UFPB enviou 12 banners, abrangendo relatos de caso sobre lúpus, vasculite, esclerodermia e gota, e resultados de pesquisas de validação do questionário LupusQol, orientada pela professora Eutília Freire, e correlação entre lúpus e doenças alérgicas e relação entre doenças autoimunes e neoplasias,  ambas orientadas pela professora Alessandra Braz.  A UFPB também contribuiu com palestras sobre Tuberculose Articular, ministrada pela professora Danielle Egypto Brito, e relação entre neoplasias e uso de medicamentos biológicos na artrite reumatoide, professora Alessandra Braz, ambas ocorreram no dia 22 de novembro. A UFPB está de parabéns pela brilhante participação no Congresso Brasileiro de Reumatologia – 2013, contribuindo com o progresso científico na área.
Foram, no total, 14 conferências em reumatologia do adulto, 18 miniconferências, 17 atividades em pediatria, 28 mesas redondas, 13 simpósios, 2 sessões polêmicas, 13 oficinas, 11 encontros com o professor, 8 sessões de temas livres e 4 sessões de casos clínicos. Os temas mais explorados foram osteoporose, sobretudo as novas terapias para a prevenção de fraturas nestes pacientes; terapias biológicas, principalmente sua relação com doenças infecciosas, neoplasias e teratogênese; verdades sobre a fibromialgia, importância da realização de atividades físicas nas doenças osteoarticulares.
Entre as novidades científicas abordadas no congresso, houve destaque para a disponibilidade do uso do FRAX- Brasil para avaliação de risco de fraturas em pacientes com osteoporose e osteopenia, auxiliando na individualização da terapêutica para cada paciente. Houve também o destaque da palestra sobre “Dor, mentira e fibromialgia”, onde abordou as alterações fisiopatológicas presentes na doença, tal qual prejuízo funcional a fibras nervosas responsáveis pela inibição da dor, esta conferência serviu para reduzir o preconceito que muitos médicos possuem com relação a fibromialgia.