10 de março de 2020

Medicina nos Séculos XVI e XVII: Vesalius, Paré e Harvey

A partir dos anos 1450, a Idade Média deu lugar ao Renascimento, a Era dos Descobrimentos. Isso trouxe novos desafios e soluções. O início da era moderna foi um momento efervescente para a medicina, com o conhecimento do corpo humano progredindo de maneiras fundamentais - embora as causas das doenças continuassem sendo um mistério. Houve um renascimento do aprendizado. As universidades se desenvolveram e com elas, as escolas de medicina.
O Renascimento propiciou condições para o início do método científico, que foi vital para o desenvolvimento da medicina. Apesar de a medicina no século XVI não ter experimentado um renascimento comparável ao observado nas artes - a revolução médica ainda estava a um século de distância - não poderia deixar de ser apanhada pela onda humanista que varria a Europa. Enquanto a revolução copernicana provocou uma reviravolta na cosmologia medieval, a Reforma Protestante minou o dogma católico e questionou a relação entre Deus e o Homem, e os avanços técnicos - liderados pela impressão - levaram a uma transformação sem precedentes no conhecimento e na prática.
A liberdade do Renascimento levou os médicos a explorar novas descobertas na ciência e na medicina, especialmente através da dissecção de cadáveres. Ao ver por si mesmos como é a fisiologia humana, eles foram capazes de usar isso como base para pesquisas e experimentos posteriores. Através da observação direta, eles foram capazes de aprender como o corpo funciona.
Portanto, o Renascimento impulsionou a Revolução Científica, que surgiu para questionar as soluções desenvolvidas pelos sábios da Antiguidade e absorvidas pelos teólogos cristãos – surgiram, então, os cientistas, que valorizavam a razão, apresentando uma atitude crítica que os levava a observar os fenômenos naturais, realizar experimentos, formular hipóteses e buscar sua comprovação. É claro que essa nova mentalidade enfrentou resistências, sobretudo da Igreja, presa aos seus dogmas e às tradições medievais. 
O início do século XVII é conhecido como o começo da Revolução Científica pelas mudanças significativas evidenciadas na abordagem do conhecimento europeu durante esse período. A palavra “revolução” se refere a um período de turbulência, em que as ideias sobre o mundo mudam drasticamente com a introdução de uma era completamente nova no pensamento acadêmico. Esse termo, portanto, descreve com bastante precisão o que ocorreu na comunidade científica após o século XVI, em que a filosofia científica medieval foi abandonada em favor dos novos métodos propostos por Bacon, Galileu, Descartes e Newton.
A era moderna explodiu inteiramente durante o período dos séculos XVII e XVIII, conhecido como Iluminismo, mas as sementes foram plantadas durante o Renascimento.
Três figuras-chave levaram ao avanço significativo do conhecimento na Era Moderna: Vesalius, Paré e Harvey. Este vídeo é sobre estes médicos renascentistas revolucionários.