6 de junho de 2021

DIVERSIDADE FUNCIONAL: ESTIGMATIZAÇÃO vs ATIVISMO POLÍTICO

No vídeo anterior, que publiquei aqui no canal ontem, “Deficiência Física como Diversidade Humana” tem vários fatores que contribuíram para que O século 20 trouxesse muitas e variadas mudanças para as pessoas com deficiência (PcD). Algumas foram efetivas, e outras, não.

Assim, o século 20 pode ser retratado como o da integração, especialmente em sua última metade, quando todos os segmentos sociais foram conclamados a integrar pessoas com as mais variadas diferenças funcionais. Contudo, não foi um processo de inclusão.

A luta por reconhecimento social de grupos até então ignorados ou sub-representados tem sido uma constante na agenda política das sociedades contemporâneas. O tema do reconhecimento alcançou as PcD, grupo social que sempre foi colocado em posição de inferioridade social. A mobilização para aquisição de visibilidade política e defesa de seus direitos tomou corpo a partir da década de 60, na esteira de outros movimentos pelos direitos civis.

O histórico modelo de homem-padrão influenciou o interesse médico-científico da matriz interpretativa da deficiência, conformando o modelo biomédico, que normatiza como os médicos categorizam, classificam e diagnosticam formas clínicas de diversidade funcional de acordo com um padrão de saúde “universal”. O modelo biomédico foi substituído pelo modelo social, em que não é a pessoa, portanto, que apresenta uma deficiência, mas a sociedade e o meio. Na Espanha, surgiu recentemente o modelo da diversidade funcional, que ainda não se difundiu para outros países. Esta terminologia de diversidade funcional nasceu no movimento de vida independente de forma espontânea e que tem o objetivo de emancipação do coletivo de PcD, que desenvolveriam a capacidade de controlar sua própria vida.

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