1 de fevereiro de 2021

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Para Walter Williams, economista e professor universitário americano que faleceu no mês passado, não é mérito nenhum chamar de "liberdade de expressão" a vocalização apenas daquelas ideias que nos agradam e entusiasmam. Infelizmente, o que temos hoje é apenas uma defesa simétrica da liberdade de expressão: só é lícito aquilo que me agrada. Aquilo que me ofende deve ser proibido. Ou a liberdade de expressão é absoluta, ou ela não existe. São ideias de Walter Williams. #walterwilliams #liberdadedeexpressão

Para Williams, é uma situação trágica quando a liberdade de expressão e a investigação requerem proteção em instituições de ensino superior. O monopólio de ideias é tão perigoso quanto o monopólio do poder político ou um monopólio na produção de bens e serviços. Podemos perguntar: qual é o verdadeiro teste do compromisso de uma pessoa com a liberdade de expressão? O verdadeiro teste não vem quando ela permite que as pessoas digam as coisas que ele considera aceitáveis. O verdadeiro teste vem quando ele permite que as pessoas digam coisas que ela considera ofensivas. O princípio idêntico se aplica à liberdade de associação: seu verdadeiro teste surge quando alguém permite que outros se associem voluntariamente de maneiras que ele considera ofensivas.

Tiranos em todos os lugares, dos nazistas aos comunistas, começaram apoiando os direitos de liberdade de expressão. Por quê? Porque o discurso é importante para a realização dos objetivos de comando e controle. Assim que muitos políticos ganham poder, e isso acontece também no meio universitário, a liberdade de expressão torna-se um risco. Isso desafia suas ideias e agenda e deve ser suprimido.

A conquista indispensável do Ocidente foi o conceito de direitos individuais, a ideia de que os indivíduos têm certos direitos inalienáveis ​​que não são concedidos pelo governo. Os governos existem para proteger esses direitos inalienáveis. Demorou até o século 17 para que essa ideia surgisse, principalmente por meio das obras de filósofos ingleses como John Locke e David Hume. Não é possível que se aceite placidamente que no século 21 haja tentativas de suprimir esses direitos inalienáveis do cidadão.